Taxa de Rejeição: O Que É E Como Reduzi-la

Uma taxa de rejeição alta é o indício que algo não está dando certo: conteúdo do website ou público.

A taxa de rejeição é o maior inimigo de um dos grandes objetivos de quem trabalha com o público: a conversão dessas pessoas em clientes (seja para comprar seu produto ou contratar seu serviço).

Quando a maioria dos usuários te abandonam, é hora de acender um alerta e buscar estratégias. Felizmente, ao longo desse artigo você ficará sabendo de tudo sobre o assunto enquanto aprende algumas maneiras fáceis e eficientes de reduzir a taxa de rejeição que você vê no Google Analytics.

O que é taxa de rejeição?

A taxa de rejeição (ou bounce rate em inglês) corresponde a porcentagem de usuários que acessaram o seu site, porém resolveram sair sem explorar mais do conteúdo ou entrar em uma segunda página.

Taxa de Rejeição no Google Analytics
Taxa de Rejeição no Google Analytics

Em outras palavras, indica a porcentagem de pessoas que visitaram seu website mas saíram dele sem fazer nenhum clique ou ação. Por exemplo, se 100 pessoas visitaram seu website, mas 30 delas não clicaram em nenhum link interno, nenhuma imagem, não acessaram menu e não clicaram em nenhum botão, a taxa de rejeição é de 30%.

A taxa de rejeição / bounce rate atua como uma métrica para as estratégias e planejamento do seu negócio. Ela fala sobre a aderência do público, o apelo do site, a possibilidade de mudanças, a classificação do site em termos de pesquisa e muito mais.

Sendo a sua classificação de pesquisa um dos elementos mais importantes, principalmente hoje com a relevância de algoritmos de aprendizado de máquina como o RankBrain, é natural que você busque a otimização dessa métrica.

Qual a Taxa de Rejeição Ideal?

Sempre haverá um percentual do público que irá rejeitar seu website – principalmente se você criar campanhas de Google, Facebook e Instagram agressivas. E por isso mesmo a pergunta para “Qual a taxa de rejeição ideal” passa por diversos fatores.

De forma geral – e que fique claro que é bem geral mesmo – podemos da seguinte taxa de valores:

  • Taxa de Rejeição >= 80% : Muito ruim
  • Taxa de Rejeição entre 80% e 80%: Ruim
  • Taxa de Rejeição entre 50% e 70%: média
  • Taxa de Rejeição entre 30% e 50%: boa
  • Taxa de Rejeição menor que 30%: muito boa

Mas calma. Esse número acima depende de muito fatores. Muitos fatores mesmo. Por exemplo, se seu website tem somente tráfego orgânico e você não faz pesquisa alguma, eu consideraria qualquer taxa de rejeição maior que 30% algo ruim, pois mesmo as pessoas vindo de links de outros websites ou da própria pesquisa do Google – que deveria ser algo extremamente certeiro – você está tendo uma baixa aceitação e pessoas que entram e não interagem com seu website.

Se você tem campanhas de venda com grandes investimentos e está em uma fase de expansão e tem uma taxa de rejeição de 50% diria que sua taxa de rejeição é excelente – pois são pessoas que provavelmente nunca ouviram de falar de você e mesmo assim grande parte está interagindo com seu website.

CTR vs Taxa de Rejeição

Se faz necessário abrir um pequeno parênteses para citar o CTR porque ele e a taxa de rejeição são conceitos complementares e muitas vezes são confundidos.

O CTR é a sigla para click-through rate ou, em português, taxa de cliques. Basicamente é a porcentagem de vezes que, após um link ser exibido ele é clicado. Por exemplo, se um link for exibido 100 vezes e tiver 3 cliques, dizemos que o CTR desse link é de 3%.

Geralmente o CTR é utilizado para medir anúncios e resultados orgânicos nas pesquisas do Google.

>> Veja aqui um artigo para saber o que é CTR e qual o CTR ideal de seus anúncios

Entretanto, você pode sim fazer o cálculo do CTR dos links e de botões das suas páginas – e isso influencia completamente sua taxa de rejeição – mas isso é uma técnica bastante avançada que não entraremos nesse artigo.

Diferentes formas de lidar com as taxas de rejeição

Taxas de rejeição que se mostram insatisfatórias podem ser causadas por vários fatores como:

  • Carregamento lento: imagine um website demorar para aparecer e o cliente sair dele antes mesmo dele acabar de “desenhar”. Tenho certeza que você mesmo já fez várias vezes isso
  • Navegação ruim, layout fraco, design desagradável ou usabilidade ruim: a pessoa não consegue encontrar o que procura e por isso se frusta e sai do website
  • Falta de call to action (CTA) ou CTA confusa ou ambígua: a pessoa pode até gostar do que vê, mas não consegue se decidir pelo próximo passo.

Já mencionamos que o tipo do site e os objetivos dos negócios também definem se o valor da taxa de visitas é positivo ou negativo, certo? É por isso também que as taxas podem e devem ser lidas e interpretadas de diferentes maneiras.

Por exemplo, bounce rate em uma página de “Contato” e “Fale conosco” não demanda acesso em outras páginas para o usuário. Ela tem um único interesse que seria uma forma de contato com a equipe, então essa necessidade já é suprida nesta mesma página.

O mesmo vale para leitores de blogs que, com apenas um acesso, conseguem a informação que precisavam ao ler o texto inteiro. Ainda há engajamento, o usuário apenas não clicou em nenhum link.

Pensando em casos como esses, mesmo que eles aumentem a taxa de rejeição do seu site, ainda é possível fazer uma leitura mais positiva. Mas, óbvio, nem tudo são flores. Isso depende do tipo de conteúdo que você oferece, o formato do conteúdo e da ação que você espera e incita o usuário.

Em outras palavras, se for uma estratégia da sua empresa fazer com que as pessoas acessem mais do que a página inicial, a sua busca ainda deve ser por uma taxa de rejeição baixa. Para conferi-la, você pode acessar o Google Analytics, informar seus dados e os dados da página de destino.

E se esse for o caso, acompanhe e preste atenção no tópico abaixo com as dicas que selecionamos para você diminuir essa taxa!

Como reduzir a sua taxa de rejeição?

Seria ou não seria um grande sonho fazer do seu site um espaço positivamente marcante, levemente viciante e praticamente irresistível? Poucos responderiam que não. Trouxemos algumas maneiras de fazer com que seja cada vez mais difícil rejeitar o seu conteúdo. Confira!

Dica 1. Entregue uma experiência boa e completa para o usuário

Quando vamos relatar uma experiência, sempre analisamos o todo. Isso significa que o que verdadeiramente importa é a sensação geral obtida. Ao acessar o seu site, o usuário se importa com detalhes e interage com tudo. O site deve entregar a ele uma boa experiência quanto a facilidade no uso e o quão agradável é navegar ali. Assim, crie um site utilizável e com uma identidade visual alinhada em todas as plataformas. Depois disso, analise como os usuários se comportam e qual a resposta obtida com base nesses fatores.

Uma dica aqui é utilizar ferramentas como o Hotjar para ver o movimento de mouse e os cliques que cada usuário dá em seu website e, depois de analisar os vídeos, mudar para que seu website fique mais amigável.

Dica 2. Otimize o tempo de carregamento da página

Às vezes, a taxa de rejeição não tem a ver com o conteúdo do site e sim com a dificuldade de interagir com a página. Estamos falando das páginas na web que demoram milênios para carregar.

Em números, há uma redução de 8% no engajamento de páginas que carregam lentamente, sendo esse um dos principais motivos de abandono do carrinho de compras. Então, não adianta um conteúdo maravilhoso se os usuários não conseguem a melhor interação com elas (ou nem mesmo o mínimo que seria conseguir ler ou ver).

Já que isso é um fator essencial, invista na otimização da página e confira se os visitantes da página conseguem visualizá-las em tempo hábil.

Uma dica aqui é utilizar o Page Speed Insights do Google ou o GT Metrix para saber exatamente como melhorar o tempo do seu website e com isso reduzir a taxa de rejeição do website.

Dica 3. Faça com que a call to action (CTA) seja clara e otimizada

Você já deve saber que a primeira impressão é a que fica, não é mesmo? Isso não é um mero ditado. Grande parte dos visitantes decidem se ficam ou não na página logo nos primeiros segundos.

Por isso, esses usuários precisam ser fisgados e nada capta mais do que uma área  otimizada penando exatamente nisso. O seu produto, seu serviço e a chamada para a ação (CTA ou call to action) deve estar bem delimitada e visível.

E lembre-se que isso não quer dizer que ela deve ser exagerada e fantasiosa. Busque manter a situação clara, positivamente marcante e, principalmente, honesta. Tenha certeza que você não terá clientes convertidos com base em mentiras.

Uma dica aqui é estudar CRO (Conversion Rate Optimization (Otimização da Taxa de Conversão) e otimizar seu website.

Dica 4. Use e abuse de conteúdos em formato de vídeo

Os vídeos são ótimos no quesito engajamento. Eles são envolventes, poderosos, atrativos e, por vezes, mais eficientes do que textos e imagens.

Grande parte dos recursos estão à favor dos vídeos. Afinal, você pode usar de tudo neles como músicas, narração, cores ou outras ferramentas de persuasão.

A ferramenta é um verdadeiro sucesso. É impossível, por exemplo, contestar a magnitude do alcance de tantos Youtubers.

Dica 5. Transforme seu conteúdo em algo mais acessível

Conteúdos com a linguagem ou tamanhos inadequados não são apenas desanimadores mas, também, um fator que faz com que muitos visitantes desistam do acesso.

Procure fazer com que seu conteúdo seja acolhedor e não intimidador. Isso vai torná-lo mais acessível e mais agradável ao leitor. A resposta disso na taxa de rejeição costuma ser praticamente imediata.

Opte pela formatação mais clean de forma que o usuário consiga perceber com clareza o que você está oferecendo. Confusão, mesmo que seja apenas visual, é a última coisa que um leitor busca.

É óbvio que a linguagem depende muito do seu público – você deve ser formal para um público formal e irônico para um público que gosta de ironia. Estude bem seu cliente ideal.

Uma dica aqui é ver essa aula sobre encontrar o cliente ideal. Vai lhe ajudar muito nessa área.

Dica 6. Dê voz aos clientes

Talvez o usuário nem esteja tão convencido a adquirir ou seu produto/serviço, por isso, encontrar depoimentos de outros clientes pode fazer toda a diferença. Os depoimentos são citações isoladas dos clientes que já usaram o seu produto.

Essas pequenas declarações são como cases de sucesso, incrementadas por elementos reais de narrativa e compartilhamento de experiência pessoal, o que cria uma identificação entre os usuários e a marca.

Veja exemplos reais de depoimentos que colocamos no curso definitivo de Google Ads.

Dica 7. Pegue leve nos widgets e promoções da barra lateral

O uso de widgets e promoções na barra lateral é bastante válido, mas a moderação é necessária porque eles podem ser opressores.

Claro, você cria um site buscando principalmente oferecer um conteúdo. Mas lotar as margens digitais com widgets, anúncios, promoções relâmpago, prêmios e coisas do tipo, jamais será interessante.

A confusão/poluição visual dificulta a fluidez da página, o que é o extremo oposto de manter um site otimizado. Então, mais uma vez, saiba que isso só vai oprimir o usuário.

A ideia não é que você desista de fazer a sua oferta, apenas a destaque de uma forma mais agradável. Por exemplo, apesar de eficazes, essas promoções podem ser bastante distrativas. Respeite o momento do usuário, dê tempo para que ele abrace o seu conteúdo e só depois faça a sua oferta.

Semelhantemente, você pode fazer uma recomendação no próprio call to action, com direito a acesso ao link e tudo. Assim, o usuário vai conhecer uma nova página no seu site e expandir o interesse, o que confirma a sua aderência.

Um dos erros mais comuns aqui é não respeitar o nível que seu cliente atualmente está naquela página. Veja aqui 7 Erros comuns a serem evitados em um funil de vendas.

Dica 8. Se aproxime dos usuários

Mesmo com todo o esforço do mundo acontece de um ou outro usuário decidir abandonar o seu site. Ao invés de abraçar a placa de derrota, tente um novo movimento.

Há algum tempo existem algumas tecnologias de rastreio onde você pode mostrar uma mensagem direcionada ao usuário que está prestes a fechar o site. A técnica é comprovadamente eficaz e já ampliou o seu formato. Como é o exemplo da configuração de pedir ao usuário seu endereço de e-mail ou outra forma de contato, ou ainda de mostrar um desconto bem interessante nos momentos finais.

Essas são formas relevantes de captar e se aproximar dos usuários para, eventualmente, os converter em clientes.

Uma das ferramentas mais simples para criar Exit Pop-Ups (esses avisos que aparecem quando o usuário está prestes a abandonar seu website) é o OptinMonster.

Dica 9. Se aproxime de quem já está próximo também

Não encare a batalha do engajamento como ganha. Usuários engajados ainda precisam de estímulo para realizar ações. Afinal, quem gosta do seu conteúdo também pode sair sem adquirir nada e isso ainda é ruim em termos de conversões e taxa de rejeição.

Por isso, conheça esses usuários para você oferecer exatamente o que ele precisa. Existem algumas páginas disponíveis onde você pode mostrar aos visitantes as ofertas já personalizadas com base em suas procuras, tráfego e páginas visitadas.

Uma das melhores formas de fazer essa aproximação é trabalhar sério em SEO. Acesse aqui o SEO Acelerado e comece hoje mesmo sua jornada à primeira página do Google sem ter que pagar por isso.

Conclusão

A taxa de rejeição (bounce rate) e o CTR fala sobre a aceitação do público em relação ao seu website.

Em termos de porcentagem, um visitante que não explora além da página inicial (ou a qual caiu de paraquedas) indica rejeição ou falta de engajamento com seu site. Seja qual for a causa ou o modo que você interprete a situação, isso pode interferir diretamente nos seus negócios e no ranqueamento do seu website.

Por isso, a otimização e o investimento em melhorias substanciais no seu site podem reduzir drasticamente a temida taxa de rejeição.

Estude SEO com afinco. Caso consiga ser aceito pelo Google e exibido na primeira página – você certamente trabalhou todos os fatores da taxa de rejeição.


A Lucro Digital é uma Empresa de Consultoria em Inteligência de Tráfego e Vendas Online e também de cursos nessa área.

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